Propriedades psicométricas da versão reduzida da Escala de Atitude Face ao Preservativo Feminino numa amostra de jovens adultos portugueses

ALEXANDRA GOMES, JOANA VIEIRA DOS SANTOS, & CLÁUDIA PERNAS

 

 

Resumo

O presente estudo pretende apresentar as evidências psicométricas da adaptação portuguesa da Escala de Atitude face ao Preservativo Feminino (EAPF), a partir da tradução da versão reduzida de Neilands e Choi (2002). O preservativo feminino é uma alternativa contracetiva ao preservativo masculino, cuja avaliação tende a ser mais positiva por parte de homens e mulheres. No nosso conhecimento não existe nenhuma escala que meça a atitude face a este preservativo e em virtude da tentativa observada de aumentar a sua utilização em Portugal, a adaptação de uma medida de atitude específica parece pertinente no âmbito da Psicologia da Saúde. O estudo incidiu em 597 jovens adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, por serem a faixa etária com maior probabilidade de utilizar métodos de barreira. Os resultados do estudo mostram uma medida com uma estrutura tri-fatorial, composta por 11 dos 15 itens originais, apurados através de uma análise fatorial composta por uma análise de componentes principais e de uma análise confirmatória. A escala apresenta correlações positivas de baixa linearidade com uma medida específica para o preservativo masculino e para uma medida sobre contracetivos, em geral. A versão adaptada parece ter capacidade para medir a atitude face ao preservativo feminino, fundamentalmente relacionado com as crenças relativas à profilaxia melhorada, inibição e inconveniência no uso, contudo parece ser necessário aplicá-la a uma população que já tenha tido contacto com o objeto, em vez de ter apenas conhecimento sobre o mesmo.

 

Palavras-chave

Preservativo feminino, métodos contracetivos, psicometria.

 

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