El Modelo de Rasch Aplicado a las Ciencias Psicológicas

LUÍS ALBERTO COELHO REBELO MAIA

 

Resumo

Um aspecto de importância crucial quando um investigador se coloca perante a questão do projecto metodológico e da respectiva aplicação dos testes psicológicos incide nas teorias de medição que suportam a sua orientação em aspectos como a atribuição da pontuação (cotação), as características dos itens, etc., permitindo realizar as análises dos dados e mesmo originar outros métodos de interesse. Relacionada com este aspecto, a cotação dos itens de um teste psicológico nem sempre corresponde a uma informação o mais adequada possível em relação ao sujeito, devido, por exemplo, à situação de teste, bem como a outras variáveis. Em 1960, o matemático Georg Rasch desenvolveu um modelo estatístico que se propunha a resolver algumas das principais críticas apresentadas à Teoria Clássica dos Testes (TCT), conseguindo ganhar um importante campo de aplicação na avaliação no âmbito das ciências psicológicas e da educação. O modelo de Rasch é bem conhecido pela divulgação da Teoria de Resposta ao Item (TRI), cujo objectivo é apresentar considerações conjuntas sobre as respostas dos sujeitos e dos itens, examinando a probabilidade de se observar uma resposta correcta, assim como a relação entre os sujeitos e os itens. Assim, este modelo permite ter uma maior acuidade no acesso adequado a um dado constructo, uma vez que a sua análise (item a item, mas também sujeito a sujeito) permite uma estimação sobre se determinado sujeito é ou não capaz de acertar a um determinado item. Assim, apresentamos um estudo baseado na aplicação de um teste para avaliar o défice cognitivo (Mini Mental State Examination) em 92 indivíduos portugueses internados numa instituição de apoio a idosos. Num primeiro nível, a conclusão que podemos tirar é a de que o modelo de Rasch permite uma análise detalhada (profunda) de parâmetros que geralmente não são considerados na TCT. Com esta metodologia podemos evidenciar que, nesta amostra específica de 92 idosos, o MMSE se adapta de forma muito forte, uma vez  que os dados que sobressaem indicam uma distribuição normalizada do desempenho destes sujeitos quando avaliados pelo MMSE.

 

Palavras-Chave

Modelo de Rasch, défice cognitivo, MMSE.

 

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