Treino de memória para idosos: Uma revisão dos estudos brasileiros

MARIANA TELES GOLINO, & HUDSON GOLINO

 

Resumo

O presente artigo conduziu uma revisão da literatura nacional sobre treino de memória para idosos com objetivo de verificar os aspectos metodológicos dos estudos e a eficácia das intervenções. Foram pesquisados artigos publicados entre janeiro de 2000 e abril de 2016, utilizando-se os seguintes termos (em português e inglês): treino de memória, envelhecimento, idoso e brasileiro nas bases Scielo, PsycInfo e PubMed. Foram analisados 15 estudos e os resultados mostraram que: a) Número de sessões variou de 2 a 12; b) Número de participantes variou de 16 a 112; c) As sessões foram conduzidas em grupo (modalidade coletiva) em todos os estudos; d) Em 93.3% dos estudos a memória episódica foi contemplada como habilidade-alvo; e) Quanto às medidas pré e pós-intervenção, os estudos incluíram em sua bateria: medidas não-restritas a psicólogos (93.3%), medidas restritas a psicólogos (26%), escalas de rastreio cognitivo (40%) e medidas subjetivas ou de auto-relato (60%); f) Foram reportados efeitos significativos de treino em 9 estudos (60%); g) A quase totalidade dos estudos (87%) não conduziu exames de acompanhamento a longo prazo (follow-up). Conclui-se que o cenário nacional em treino de memória para idosos apresenta limitações metodológicas importantes e precisa avançar em termos de ampliação do número de ensaios clínicos randomizados e controlados e nos exames de acompanhamento a longo prazo para aumentar o acúmulo de evidências sobre efeitos de durabilidade e generalização.

 

Palavras-chave

Treino de memória, idosos, Brasil­­.

 

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